Ora viva pessoal
Então vocês pensavam que eu estava escondido por causa de algum processo?
Ou que tinha emigrado para a Ilha da Culatra, ou do Farol, para uma daquelas casas dos ricos que não vão abaixo de certeza?
Ou que tinha pedido asilo politico na Junta de Freguesia de Quelfes?
Nã, nã! Nada disso.
Cá estou eu, volta e meia de volta, às voltas comigo mesmo e aliás com o que se vai passando na nossa terra, desta vez para abordar a questão que aliás, está em título e que me foi colocada.
Antes disso, devo aliás confessar, que me sinto magnânimo (esta é boa…)!
Será por causa do chamado espírito do Natal?
Pois se assim é, eu pessoalmente, estou a transbordar dele!
Talvez seja da quadra natalícia, ou por os nossos conterrâneos estarem a pensar como poderão ter um Natal mais ou menos, ou por outro motivo qualquer…
Pois não sei se será por causa disso tudo ou do tal espírito de natal, mas parece-me que se vive uma certa “paz” no nosso Concelho.
Calculem que no outro dia encontrei o Sr. Presidente e pareceu-me ver uma espécie de halo luminoso, que lhe envolvia a cabeça. Depois cumprimentei um Sr. vereador que passava e até o Dr. Ramirez, e pareceu-me ver o mesmo halo emoldurando as suas, deles, luminosas cabeças.
Então, fiquei sem dúvidas. Pareciam uns anjinhos daqueles que a gente vê nos altares. Cumprimentavam à esquerda, acenavam à direita, os munícipes sorriam, faziam perguntas sobre como está o processo da Zona Histórica e sobre as construções que os malucos dos blogues dizem que são irregulares e porque é que a Recreativa não tinha cedido a sala aos que dizem que “somos Olhão”, e porque é que são as casas dos ilhotes que o Polis quer mandar abaixo e os Autarcas paravam e explicavam tudo, tintim por tintim, como foi, como não foi, como será e como não será, e por aí fora. Tudo, mas tudo, mais bem explicadinho que explicado.
Aliás até me pareceu que um dos senhores vereadores estava assim meio transparente. Via-se que ele falava com o coração nas mãos…
Era uma coisa bonita de se ver! Vieram-me as lágrimas aos olhos e duma forma espontaneamente espontânea perante tanta transparência, tanta franqueza, tanta prontidão na informação e tal exemplarissimamente comportamento democrático, comecei a aplaudir, comovidamente.
Nisto, senti que estavam a abanar-me e era a minha mulher a acordar-me e a perguntar-me porque é que eu estava a bater palmas?
Ía caindo da cama abaixo e entornando o penico…Afinal, eu estava a sonhar... eu, também armado em anjinho, nem em sonhos desconfiei de tanta democracia…
Um incauto é o que eu sou… um crente… um… um… um anjinho… um totó… fazem-me as “papas na cabeça”… enganam-me de toda a maneira e feitio e eu nunca mais aprendo… e se calhar ainda vou votar neles outra vez…
Bom, mas o que eu queria dar opinião é que ouvi dizer (e juro que não estava a sonhar…) e quem disse é uma fonte das boas, das que não seca, que no final do ano a Comissão Municipal de Olhão vai queimar 1000 metros e 15 minutos de fogo-de-artifício.
Não acreditei, e perguntei:
“ Ma isso nã é muito metro? E nã é muito minuto? E isso nã queima muito dinheiro? Atão e a crise?”
E responde a minha cristalina fonte: “ Pois é mesmo por causa da crise! Então tu nã vês que é para distrair o pessoal”? “Nã vês que o pagode (a fonte é que disse isto…) de Olhão gosta disso? Atão, assim a Cambra vai d’encontro ao pessoal e se for preciso, logo pede um empréstimo e a gente vai pagando a prestações.
Bem, já me estou a esticar.
Mano João, não me esqueci de ti, eu logo t'arresponde.
Mas agora para o mano Hilaire, vai uma das bocas do Zé Carlos:~
Segundo informação ao mais altessissimo nível, o ano de 2009 vai dar m… porcaria. Vai, Vai. E de certezinha quase absoluta embora o nosso primeiro diga que vai tudo melhorar
E tjá agora aqui vão também as Boas Festas, e Votos de força e ânimo (que bem preciso é), para correr com os “franceses” de agora.
Olha o abração do
Zé Carlos
Ora viva, pessoal.
já julgavam que eu estava adormecido a dormir? Ou que me tinha faltado a transpiração?
Nada disso, nada disso...
Cá estou eu, presentemente em presença, isto é presencialmente (ou deveria ser escrituráriamente...?!), para responder à pergunta que todos fazem, sobre quem é o novo herói de Olhão.
Não, não pensem, nem insistam que devo ser eu.
Eu sei (sem falsas imodéstias), que poderia realmente ser elevado (ou rebaixado…?) a essa categoria. Aliás, pessoalmente, como Presidente do Clube dos Anda à Roda, ficaria mal à minha pessoa, não me pôr a jeito de tal ser considerado.
Mas presentemente, no momento que passa, não está nas minhas cogitações ( e esta? Gostam?), perseguir tal desiderato (e desta, também?).
Aliás, já me basta ter que conviver dia a dia com a fama e quiçá (também gosto desta palavra!), e quiçá (a sério, que gosto!), dizia eu, talvez o prestigio a que um ser humano como eu se pode alcandorar ( esta nem o computador conhece...! Hoje estou demais…)
Mas, escrevia eu. Há um novo herói em Olhão! E quem será ele? Que façanhas cometeu? Que altos desígnios o moveram? Que gesto altruísta (gosto desta, mas acho que ultimamente, está muito mal usada), o marcou?
Não, não sejam cépticos.
Não há realmente muita gente assim, além de mim naturalmente, em Olhão. Não há muita, mas há.
È o caso do nosso Presidente da Comissão Municipal de Olhão, segundo as palavras da Sra Governadora Civil no Congresso histórico sobre Olhão.
O Sr Presidente abriu o Acto com um discurso frouxo, meio murcho, que nem parecia dele, impróprio para tal personalidade.
Normalmente o Sr Presidente, apresenta-se impante, e viçoso, tresandando (esta é dúbia...), auto-confiança e sempre a ver grupos de 5 estrelas por todo o lado.
Talvez naquela ocasião, as estrelinhas estivessem um pouco baças!!!
Talvez o espelho naquele dia não tenha reflectido a imagem que ele pretendia (um dia conto-vos esta, que é de rir).
Talvez o seu astral ande por baixo e o seu ego (sabem o que é, não sabem? Não, não é aquela coisa do jogo do Lego, dos meçinhes…), precise de ser afagado…
Mas, apareceu então a Sra Governadora, que ali mesmo em público lhe deu uma amassagem (esta aprendi com um amigo meu…) completa, nos gânglios linfáticos do dito ego, que ficou completamente adrenado e aliás alcandorou (lá estou eu outra vez), o homem, à Galeria Adri… perdão, à Galeria dos Olhãonautas, até com a possibilidade de inscrever o seu nome no Memorial que a Câmara se tinha esquecido de erguer, aos 200 anos, e a todos os homens do Mar (como o nosso Presidente, que gosta muito de peixe e "é tu cá tu lá" com os lobos do mar), mas já combinaram para uma quarta-feira à tarde, vestirem uma roupa velha e irem todos os Senhores Vereadores, erguer, embora não saibam ainda onde.
Mas parece que a massagem psicológica, foi assim uma espécie de viagra que só funcionou durante o Congresso, porque daí para cá o Sr Presidente não voltou a aparecer pessoalmente em pessoa e sob certos aspectos, continua frouxo...
Talvez ele agora esteja mais selecto… resguarde-se mais. É como o Sócrates que manda os ministros...
Mas a partir do discurso da Sra Governadora, nosso Presidente da Comissão Municipal, fica equiparado a um autêntico argonauta, um autarconauta (gostam desta?), quase um mito. Enfim, um nauta entre os nautas, para o que for preciso.
E nunca desanimemos.
Tenho aliás, a presuntiva certeza que voltaremos a vê-lo, sentado à sua secretária dele, resplandecente, airoso, ofegante e transpirando em prol (ou será prole?), dos avanços de Olhão e gozando a obra que está a ser feita.
E, para terminar por hoje, p’ro Mano João, sai uma boca cá do Zé Carlos:
- Uma fonte (não, não é daquelas de beber), de dentro do edifício dos Paços do Concelho, informou-me uma informação, certificada com toda a certeza, garantiu-me mesmo, quase com assinatura reconhecida, que nem todas as obras autorizadas com autorização da Câmara de Olhão, estão ilegais.
Hé pá, esta é forte, hem? Hem?
Com esta não me rio, porque esta é difícil de provar e ainda posso levar um processo em cima.
Mano João, pela tua saúdinha, não divulgues muito esta, q'ainda fico xaringado.
Mas ó Mano João, dissemina cá o Zé Carlos e o Vai dar banho ao cão…dissemina… (palavra que gosto desta palavra…), dissemina, dissemina…
E aí vai o abração cá do
Zé Carlos